sábado, 24 de novembro de 2007

(Re)começo(ou não?)









Escrever é uma forma de vomitar sentimentos,
alguns que me enojam, outros que eu até gosto, mas que não
cabem dentro de mim. Então estou aqui, não é a primeira
vez que crio uma página na internet pra colocar a pequena
parte de mim que transborda. É que chega uma hora que fica
muito nojento, e eu decido vomitar em outro lugar.
Acho que com o primeiro parágrafo já espantei metade dos que viriam aqui(Será que isso seria 1 pessoa? Será que ninguém?[afinal metade de 0 é 0, não é?]). Tudo bem, eu escrevo porque
gosto, nem só isso, eu escrevo porque eu preciso disso pra
não morrer asfixiada no meu mundo, que é tão meu, mas tão
meu, que o oxigênio vez ou outra sái dele por não se
sentir bem no ambiente. Então eu escrevo, pra que meu
mundo seja um pouquinho parte de alguma coisa, que eu nem
sei o que é, e que pode nem existir, mas de alguma forma
me dá o mínimo de conforto, não pra que eu fique feliz,
mas pra que eu sinta algum alívio.
Não, este blog não será depressivo, não vai te
fazer cortar os pulsos, nem nada assim, porque eu mesma
estou com meus pulsos intactos. Estou aqui na verdade porque assim que eu me
recuperar do último corte(se este não foi fatal, pois
atingiu de mente a coração), eu vou recomeçar. Não sei ao
certo como farei isso, mas eu irei recomeçar. Não sei se
alguém estará aqui pra ver isso acontecer... mas eu
estarei recomeçando... ou continuando(porque nunca se
perde o que já se conquistou, falta saber o que eu
realmente já conquistei).
Não sei quanto a vocês, mas eu sou assim, eu perco
algo que amo demais, ou eu largo algo que amo demais
porque preciso achar respostas e prefiro me machucar
sozinha, e então, quando me vejo, estou em momentos de
lágrima, logo silêncio, logo lágrima e em meio a dor eu me
empurro pra fazer algo, se não posso caminhar, enfeito o
caminho com coisas que eu sei que não tem tanta
importância, são só detalhes, que podiam nem existir, mas
eu tento me empurrar para algum lado, eu fico querendo
mesmo fazer coisas pra poder ocupar minha mente, ou pra
que eu sáia da minha mente, não sei qual a melhor
definição.
E eu assim me canso, e vivo momentos como este
em que os dias não tem gosto, dias cinzas, sem objetos,
sem lugares, sem móveis, sem paredes, sem dedos... tudo se
resume a um grande vazio no meio de um monte de sonhos
perdidos, coração quebrado e palavras soltas que sequer
fazem sentido.
Eu sou pálida e ultimamente tudo a minha volta
combina comigo... incolor, insípido e inodoro...

"Hoje o dia deu em chuvoso"... mas não tem importância, eu
gosto de chuva...

E um dia, eu sei... as coisas vão melhorar, quando eu
encontrar um melhor lugar, quando eu encontrar um lugar
definitivo pra me aconchegar.

Porque a vida, a vida tem que continuar... a vida continua
com ou sem você...