terça-feira, 26 de março de 2013

Páscoa

Quando você lê a Bíblia continuamente examinando bem e pensando, você percebe que essas tradições que vemos por aí não tem absolutamente NADA a ver com a Bíblia, ou com o cristianismo, ou se você pensar bem a última coisa que se faz é falar sobre Jesus(embora Jesus estivesse comemorando a Páscoa, logo ela já existia antes dele e ele instituiu outra coisa naquele dia, e não tinha nada de coelhos ou ovos de chocolate).

Por que se reproduz sempre a mesma coisa sem nem mesmo saber que há por trás de tudo? Sempre a mesma hipocrisia e o comércio só lucrando.

Só uma coisa me alegra: é feriado, terei tempo livre para coisas realmente boas.  É, eu fico feliz com feriados, não tô nem aí se todo mundo vai deixar de produzir, se isso é coisa de país subdesenvolvido e etc e tal. Eu só quero meu merecido descanso, tempo para fazer coisas realmente boas que nada tem a ver com dinheiro.

É isso.

sábado, 23 de março de 2013

Vou me gastar!


Eu vou me gastar... vou gastar minhas energias físicas. Gastar meus recursos. Gastar as melhores roupas e perfumes.

Ahh... vou gastar meu marido, família e amigos. Gastar meu cérebro acumulando informações e novos conhecimentos. Gastar meus cadernos e minhas canetas(até as coloridas).
Vou dar uso a tudo que foi guardado e esquecido. Tirar o pó do amor e da amizade. Encontrar minha auto-estima e aprender a elevá-la.

Por que a vida, os dias, as horas... são feitas para serem usadas e não voltam. Não desperdicemos mais, ok?

sexta-feira, 15 de março de 2013

Os ombros suportam o mundo

Carlos Drummond de Andrade:

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram. 
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.


Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.


Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança. 
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.