quinta-feira, 23 de julho de 2009


"Nós não lemos nem escrevemos poesia porque é bonitinho
Lemos e escrevemos poesia porque somos humanos
A raça humana está repleta de paixão"
Sociedade dos poetas mortos


Paixão, medo, angústia, raiva, tristeza... amor
Sentimentos são grandes demais
Não cabem no corpo de gente
Transbordam... em letras e sons e imagens e formas
Não cabem dentro de nós e explodem

Não por obrigação, nem hábito, nem sempre por amor... escrevo porque nem tudo cabe em mim.
Não precisa ser belo, meus poemas não rimam, as letras não tem pretensão de virar livro. É só por necessidade. Não importa se param nos meus cadernos, nas folhas soltas largadas na mesa, guardanapos de lanchonete, ou aqui... no blog.

É só porque eu sou... repleta de paixão.

E depois de um dia de angústia, agora estou... estranhamente feliz.
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Escrevi mais sobre o filme no outro blog Sobre qualquer coisa
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quarta-feira, 22 de julho de 2009


Uma angústia toma conta de mim esta noite. Não é uma angústia desconhecida, é só uma angústia sem nome.

É, isso mesmo, ainda não desvendei o que me acontece por vezes. É olhar em volta, olhar pra mim, pra minha vida, e ter a nítida sensação que esta não é a minha vida.
Não, não é sempre que sinto-me assim. Geralmente eu consigo ver que tudo aqui eu construi. Há algumas ruínas deixadas ali. Há também muitas coisas inacabadas aqui, bem na minha frente.
Há dias que eu gosto de olhar pra tudo isso aqui, até as ruínas.

Mas hoje...hoje é angústia. Uma angústia sem nome.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Lembranças

Estes dias me chamaram pra ir passear um pouco. E eu vi que me curei do passado. Quase dois anos... mas a ferida virou cicatriz, e eu não tenho mais medo de esbarrar com o passado, não restou mágoa, nem dor...
Acho que temos que ver as experiências como coisas boas.

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Ele apareceu quando eu estava meio perdida. Era todo razão, havia pensado muito tempo em como viver, construiu seus próprios valores, era rebelde, era músico, era talentoso... mas vivia num mundo dele.
Eu era perdida, empurrada para qualquer lado, queria muito morrer, sumir, fugir... vivia também em um mundo só meu, tentava seguir certos padrões pra sobreviver, mas isso me afligia. Eu era adolescente.

Ele me viu... achou que minha tristeza era por causa do mundo e da hipocrisia, se identificou. Música. Discussões existenciais. Uma "relação intelectual".
Mas virtual! Não havia vida. Eu não conseguia ligar o rapaz das letras na tela, com aquele que falava comigo quando o via. Era estranho. Muitas teorias, e apenas teorias.
Ele dizia que me amava. Mas não podia, eu não era ninguém, logo, não podia ser amada.

Difícil separação. Eu que não tinha fortes idéias pegava as dele pra mim... pensamentos, teorias, objetivos, músicas, roupas... tudo! Ele tinha tantos argumentos!
Quando eu olhava no espelho, era ele quem eu via, e eu tive que parar.
Despedida e vazio. Mas descobri que eu tinha que saber quem de fato era eu. E descobri!

Até que foram anos produtivos.
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Ele achou que eu era como ele, mas descobri, que embora o mundo esteja feio mesmo, até que tem coisas bonitas por aí..."a felicidade até existe". Aquela tristeza era com o que estava dentro e não fora de mim. Ele pensou que tinha me desvendado, eu pensei que ele tinha razão. Mas não era isso não...
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Foi com a distância que eu descobri que eu gosto mesmo é do gosto... e que amar é simples e complexo de uma tal maneira, que não adiantam teorias, filosofias ou mesmo poesias...

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Era isso que eu sentia:

E tudo que realmente quero é um pouco de paciência
Um modo de acalmar a voz de ódio
E tudo que realmente quero é liberdade

E o que eu não daria para encontrar uma alma gêmea
Alguém para entender isso
E o que eu não daria para encontrar alguém como eu
Basta sobre mim, vamos falar de você por um minuto
Basta sobre você, vamos falar da vida por um momento
Os conflitos, as loucuras e o som das pretensões caindo
Por todos os lados... todos os lados
...
E tudo que preciso agora é uma relação intelectual
Uma alma com quem eu possa ir mais fundo
...
E tudo o que eu realmente quero é uma sintonia
Tudo que realmente quero é algum conforto
Uma maneira de desatar minhas mãos
E tudo que realmente quero é alguma justiça...
Alanis
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Hoje eu sei que ir mais fundo depende de muito mais que palavras.
Acho que hoje ele também deve saber.

E o que posso dizer é o HOJE é bem melhor que o ONTEM.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Limite


Estou no limite.

Maldito tempo que corre sem eu querer.


Estou exausta!


A vida as vezes se torna apenas uma sucessão de piadas, todas de humor-negro e o personagem central é você.


Hoje não há sol, nem chuva, hoje não há brilho nem escuridão, nem quente nem frio.

Hoje não há analgésico que me tire a dor de cabeça, não há calmante que me faça dormir.

Hoje não há absolutamente nada que me faça querer sair da cama ou mesmo abrir os olhos.

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A dor dos outros dói em mim de um jeito tão estranho.
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Percebo que nada une mais as pessoas que o sofrimento.
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Talvez eu fique tão cansada no final dessa semana que eu realize meu desejo de dormir por pelo menos dois dias completos.
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Talvez, se eu estivesse nos braços dele, o mundo parecesse menos cruel, e nenhum mal pudesse me atingir. E isso nem seria uma verdade, seria apenas um sentimento... mas seria bom mesmo assim.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Porque os desejos não mudam...


Dia frio
Abraço quente
Filme Alugado
Edredon
Pipoca
Risada
Mãos dadas
Beijinhos no pescoço
Brigadeiro de panela
Cochilo no ombro
Ouvir Los Hermanos
Cantar alto
Declarar-se baixinho
Encontrar amigos
Viagem em qualquer época do ano
Carinho
Massagem
Ouvir problemas
Contar piada
Cantar no chuveiro
Dançar no quarto
Ler poesia
Sonhar acordado
Dormir abraçado
Cantar desafinado
Dizer "te amo"
Ouvir também
Tomar banho de chuva
Rir da criança
Discutir relação
Sentir o amor
Enlouquecer-se de paixão

Dia frio
Abraço quente
Filme alugado

Estar sempre presente... te amar... pra sempre!

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Engraçado, como a vida passa, coisas mudam, mas os desejos... os essenciais... são os mesmos, sempre os mesmos...

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Imagem do filme "Um amor para recordar"