quarta-feira, 18 de março de 2009

Vida, como ela é...

As coisas nunca são exatamente o que esperávamos que fosse. Mesmo quando estamos olhando pra elas, não conseguimos enchergar o que de fato são, ninguém é tão bonito bem de perto. Nada é perfeito. Tudo é diferente do que víamos, porque a nossa interpretação do mundo, não é o mundo.

Cabe a nós bravamente continuar lutando e não desistir, não desistir nem mesmo das coisas feias, das coisas tortas, das pessoas sem jeito(como eu), das infantis, dos amores que parecem esfriar, dos amigos que parecem distanciar. Cabe a todos uma luta descomunal, sei que é pesado, mas eu vou carregar essa carga até que meus joelhos se dobrem, e não me reste mais força.

A gente sempre espera que um dia chegue o príncipe, aquele bem forte e determinado, que sabe o que faz, que entenda tudo, que seja protetor, e esperamos que ele carregue o peso, ou pelo menos, ajude a carregar. E é aí que caímos do cavalo(e pior, de um grande cavalo-branco de pêlos brilhantes). Não há príncipe, nem sapo, nem homem, nem mulher, nem criança, nem mãe, pai, filho, amigo ou médico que nos cure. Ninguém vai carregar a nossa carga. E nem por isso seremos infelizes.

Carregar um peso é normal, são as coisas que nos foram dadas por graça ou desgraça, não importa, são nossas. Eu quero minhas coisas todas pra mim. Eu não quero mais um protetor, seja amor, amigo ou família. Eu quero viver minha vida, sem medo de ser feliz, sem medo das dores inevitáveis. Terei sempre medo e vou sempre sofrer com perdas e frustrações...mas que eu saiba dar a volta por cima, valorizar, e acima de tudo, amar tudo que tenho. E todos que por escolha vierem pra minha vida. Seja muitos, ou poucos. Lembrar sem dores dos que foram, porque cada um sabe qual caminho escolher pra si, afinal, eu também escolhi meus caminhos.

Escolhi caminhos difíceis, cheios de espinhos, e estou um tanto machucada. Mas também existiram flores diversas, rosas vermelhas, flores do campo, lírios, girassóis, haviam também árvores gigantes, que quando eu estava cansada, repousava na sua sombra, tinha até umas borboletinhas coloridas que brincavam de roda.

Eu quero mesmo é sentir o vento bagunçar os meus cabelos, quero chorar ao ver o pôr-do-sol, de tão lindo que ele é. Quero abraçar mais. Amar mais. Não exigir nada em troca.

E o melhor de tudo: estar feliz assim. Lutando, mas sendo simples, descontraída. Feliz por ser eu.

2 comentários:

Bic Muller disse...

que lindo... gostei do seu blog.
=)

Jack disse...

não sei porque eu pensei que esse poema era feito por um homem, depois da parte do principe que fui perceber. ;)
http://balaidenego.blogspot.com/