domingo, 23 de agosto de 2009

O amor apareceu... e partiu

Um dia o amor apareceu. Veio vestido de criança, veio com sorriso bobo e gigante, veio grande e com braços compriiidos como eu nunca havia visto... mãos firmes. E uma juventude... ahhh...o amor era mesmo lindo, lindo...

O amor ficou bem pertinho de mim.

O amor não era maduro, mas era intenso de maneira desconsertante. Era a própria impulsividade. Era descontrole. Mas era amor, e quem ousaria criticar o amor? Quem fugiria? O amor pode vir birrento, pode vir bobo, pode vir como quiser... pois não há quem não o desculpe por qualquer falta...afinal, ele em si é maior que todos os defeitos.

Um dia o amor ficou triste, disse que estava sozinho... e ele sozinho não resolve nada. O amor não ajeita a vida da gente, ele sozinho não sabe chegar na esquina. Ele precisava de razões e circunstâncias diferentes, precisava mais que coração, se continuasse assim, ele morreria. E vendo o perigo, o amor foi embora...enquanto era forte ainda, antes que ele morresse de vez, se foi e eu até pensei que era pra não mais voltar.

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O amor voltou em outra forma, dessa vez mais maduro, e não tão intenso. Prometeu-me que logo irá voltar a ser do jeitinho que eu aprecio... O amor ainda não está assim tão perto de mim. Mas eu posso vê-lo a uma certa distância. E eu vou dar a chance para que ele chegue mais perto... quem sabe até bem mais perto do que das outras vezes.

Porque eu não vou ignorar o amor, e quando ele me chama, eu vou... ainda que ele já tenha me abandonado outras vezes, e possa fazer isso outra vez, agora, e sempre... todas as vezes que ele aparecer e disser: "Vem comigo!" Eu vou!Até que um dia, o amor sossegue, canse das idas e vindas, pare de brincar de esconde-esconde com meu coração... e fique para sempre, fazendo do meu coração seu lar eterno.

Que seja agápe, eros, philía, storgé... que seja tudo, em um só amor!

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