terça-feira, 8 de outubro de 2013

Uma aprendizagem ou O Livro dos Prazeres

Terminei de ler este livro de Clarice, minha amiga Clarice... aquela que sempre me desvenda, e que quando leio penso "Como não fui eu que escrevi isso?"

"Meus" trechos:

"Então isso era a felicidade. De início se sentiu vazia. Depois os olhos ficaram úmidos: era felicidade, mas como sou mortal, como o amor pelo mundo me transcende. E o que se faz quando se fica feliz? Que faço da felicidade? Que faço dessa paz estranha e aguda que já está começando a me doer como uma angústia e como um grande silêncio? A quem dou minha felicidade que já está começando a me rasgar um pouco e me assusta"

"Nós, os que escrevemos, temos na palavra humana, escrita ou falada, grande mistério que não quero desvendar com o meu raciocínio que é frio. Tenho que não indagar do mistério para não trair o milagre. Quem escreve ou pinta ou ensina ou dança ou faz cálculos em termos de matemática, faz milagre todos os dias."


Ahhh.... Clarice Lispector.

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