O fim do que não existiu
Foi o fim do descaso
Aspirei as migalhas espalhadas no meu coração
Rasgei as dores em picadinhos
Não varri pra debaixo do tapete, não...
Queimei!
Queimei teus restos,
E odiei com o ódio de um nazista
Todas as marcas deixadas
Quase arranquei a pele pra tirar as cicatrizes
Mas deixei-as como lição, como lembrete
Para lembrar-me de que não mereces a minha atenção
Nem a minha insistente preocupação
Eu sou mesmo patética
Colocando-me a disposição
De quem nem mesmo conhece as minhas dores
Até que enfim, o fim
O fim da raiva contida
Da expectativa
Daquilo que não tinha mesmo saída...
****
"Eu ontem joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado, passar por mim
Cartas e fotografias, gente que foi embora
E a casa fica bem melhor assim."
****
Obrigada por não se preocupar, assim ficou mais fácil deixar de te amar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário